O desafio do lixo marinho
A cada ano, aproximadamente 10 milhões de toneladas de lixo acabam nos mares e oceanos do planeta. E cerca de 80% dos detritos encontrados no ambiente marinho têm origem em atividades realizadas em terra. De onde vêm esses resíduos, para onde eles vão, quais efeitos eles causam e como solucionar o problema?
O projeto “EnTenda o Lixo”, no Largo de São Francisco da Prainha (Rua Sacadura Cabral, a 650m do Museu do Amanhã), tem o objetivo de responder a algumas dessas questões - ou ao menos suscitar o debate na sociedade. Uma tenda está montada, trazendo informações diversas sobre o lixo marinho. O “EnTenda o Lixo” é uma realização do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP) e da Plastivida, com apoio do Museu do Amanhã, do Instituto Costa Brasilis, Ministério do Meio Ambiente e prefeitura do Rio, com financiamento da Dow Química.
A tenda funciona de terça a domingo, das 10h às 18h, e ficará até o dia 18 de setembro. A equipe de biólogos e oceanógrafos da USP faz coletas de resíduos na Guanabara, com um puçá, duas vezes por dia: às 11h e às 15h. O material é levado para a tenda, onde passa por uma análise, e os resultados são disponibilizados em uma prancheta.
- Estamos tendo um surpreendente retorno do público que visita a tenda. Todos concordam que é um absurdo o acúmulo de lixo no chão e na Baía de Guanabara. A sociedade reunida, em fóruns, observatórios, tem um enorme poder para transformar a realidade. O objetivo da instalação é chamar a atenção para a enorme quantidade de lixo, principalmente de plásticos, acumulado nos mares - destaca o biólogo Alexander Turra, professor da USP e coordenador do projeto EnTenda o Lixo.