Minicérebros de laboratório: uma revolução na medicina?
Em outubro do ano passado, a comunidade científica comemorava um feito inédito: pesquisadores conseguiram criar, na Califórnia, neurônios “adultos”, com idade igual à dos doadores das células usadas para fabricar estas células-tronco. Antes disso, neurônios produzidos em laboratório, mesmo a partir de células de pessoas idosas, sempre “rejuvenesciam”: perdiam os padrões químicos que ditam a idade no DNA celular. O feito abriu a possibilidade de se pesquisar doenças degenerativas como os males de Parkinson e Alzheimer com muito mais detalhe, possibilitando a pesquisa, em laboratório, dos efeitos do envelhecimento sobre o cérebro humano.
Outra notícia que também causou burburinho na pesquisa em neurociências foi o desenvolvimento, em fevereiro deste ano, de “minicérebros” -- pequenos aglomerados de neurônios que podem ser o próximo passo no teste de remédios no mundo todo. Os mini-cérebros poderiam, também, ser o estágio anterior à pesquisa em animais, poupando milhões de camundongos utilizados em pesquisa todos os anos.
Estes desenvolvimentos iluminam novas possibilidades na pesquisa científica e podem revolucionar a forma como testes são feitos, proporcionando a observação de reações a determinadas substâncias com muito mais detalhe. Como será a pesquisa científica em áreas como a neurociência no futuro? O que se pode esperar com estas novas possibilidades e que janelas abrem? Como é o dia a dia e o processo criativo de quem faz pesquisa biomédica de ponta?
Para conversar sobre o tema, o Museu do Amanhã convida Stevens Rehen, professor titular do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ICB-UFRJ). Rehen é pesquisador do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino e coordenador do Projeto de Criação do Biobanco de Células-Tronco de Pluripotência Induzida (iPS) do Ministério da Saúde. Ele falará no Observatório do Amanhã no sábado, dia 11/06, às 15h, no talk-show “Minicérebros de laboratório: uma revolução na medicina?”, mediado por Sérgio Brandão, diretor-geral da produtora VideoCiência e co-criador do Globo Ciência.
- A inscrição não dá direito à visitação ao Museu;
- Entrada no prédio pela porta lateral.