Museu do Amanhã e Google lançam novas coleções virtuais | Museu do Amanhã

Museu do Amanhã e Google lançam novas coleções virtuais sobre a 'época dos Humanos'

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Foto: Bruno Veiga
Foto: Wagner Cassimiro

Os profundos impactos das ações humanas nos rios e na exuberante Mata Atlântica brasileira são os temas das novas coleções virtuais do Museu do Amanhã na plataforma Google Arts & Culture, uma parceria com o Instituto Cultural do Google. Com 60 imagens e vídeos, as três novas coleções virtuais - "Rios em Extinção”, “A Vida em Suspenso” e "A espécie mais perigosa do Planeta" - contam com a luxuosa participação do fotógrafo Bruno Veiga, autor de um impactante trabalho sobre o incidente do rompimento da barragem em Mariana (MG). Acervos do Greenpeace e do fotógrafo Cristian Dimitrius, craque em capturar a natureza, completam as coleções, que dialogam com a temática da Exposição Principal do Museu do Amanhã. Acesse gratuitamente as coleções.

A galeria “Rios em Extinção” trata da relação entre impactos humanos e os cursos de água – principalmente doce – ao redor do mundo. Nossa necessidade crescente de consumo de recursos hídricos tem tornado predatória a relação que temos com os rios. Mudamos o padrão de sedimentação, o curso e a composição de muitos deles com a construção de barragens, sobrepesca e poluição. Como lidar com estes desafios tendo em vista a necessidade das próximas gerações?

Já a galeria “A Vida em Suspenso” busca mostrar, de forma poética, um pouco dos rastros que o rompimento da barragem de rejeitos de mineração do Fundão, em Mariana, deixou sobre o distrito mineiro de Paracatu de Baixo, profundamente afetado pelo desastre. As imagens do fotógrafo Bruno Veiga capturam a destruição das vidas e memórias das pessoas que habitavam a região.

"A ideia de realizar um trabalho sobre o desastre de Mariana se encaixa dentro da força que considero a mais básica e potente da fotografia: mostrar ao mundo um ponto de vista pessoal sobre a realidade que nos cerca. O que aconteceu em Minas provoca uma reflexão: uma sociedade que baseia grande parte de sua felicidade, suas frustrações e sua hierarquia de valores no consumo de bens materiais no presente consegue dimensionar seu futuro?", questiona Bruno Veiga.

A coleção "A espécie mais perigosa do Planeta" mostra como esta história está se repetindo no Brasil, num dos biomas de floresta tropical mais preciosos do planeta. Desmatada continuamente até restar um pouco mais de 12% da sua extensão original, cerca de 163 mil km², a floresta continua sendo um tesouro precioso de vida formado por diferentes tipos de ecossistemas, colocando milhares de espécies em risco. A mudança da biodiversidade global é uma evidência do impacto da ação humana no planeta. Se no passado grandes extinções em massa foram provocadas por eventos naturais, nos últimos séculos a redução da biodiversidade é provocada pela ação humana.

Com as novas exposições virtuais, já são 13 as coleções lançadas desde julho pelo Museu do Amanhã - sempre com o objetivo de aproximar as temáticas da ciência e da sustentabilidade ao grande público. As exposições estão abertas a todos, gratuitamente na web, e também no novo app do Google Arts & Culture, disponível para iOS e Android.

O Museu do Amanhã é gerido pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão – IDG, e conta com patrocinadores e parcerias que garantem a manutenção e execução dos projetos e programas ao longo do ano. O projeto é uma iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro, concebido em conjunto com a Fundação Roberto Marinho, instituição ligada ao Grupo Globo.