Água: consumo, desperdício e desafios | Museu do Amanhã

Água: consumo, desperdício e desafios

Observatório do Amanhã
O desperdício de água é uma realidade insustentável no Brasil / Imagem: Pixabay
Início: 
sábado, 02 de julho de 2016
Término: 
sábado, 02 de julho de 2016
Local:
Observatório
Horário:
sab 15h-16h

No sábado, dia 2, o Museu do Amanhã dá continuidade à discussão sobre a água com palestra de Paulo Canedo, professor do Laboratório de Hidrologia da Coppe-UFRJ. O foco da apresentação é o desafio gerado pelo aumento do consumo de água no Brasil e a realidade do abastecimento do Rio de Janeiro. A palestra acontece às 15h no Observatório do Amanhã.

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Segundo dados do Instituto Trata Brasil, a cada cem litros de água coletados e tratados no país, em média apenas 63 são consumidos. Isso significa um desperdício de 37% da água no Brasil, originado de vazamentos, roubos e ligações clandestinas ou da falta de medição e de medições incorretas no consumo de água. Essa dinâmica insustentável resulta em prejuízo de nada menos que R$ 8 bilhões. 

- Vou tratar das dificuldades que temos com o alto consumo de água em todo o Brasil. O Rio sempre enfrentou essas dificuldades, ainda na época do Império - destaca Canedo.

Discrepâncias de abastecimento e consumo em excesso

Entre os brasileiros, 82,5% são atendidos pelo abastecimento de água, o que significa que 35 milhões de pessoas no país não têm acesso a esse serviço básico. O Sudeste responde por quase 92% desse atendimento, enquanto o Norte responde apenas por 54,5%. O Norte é também a região que mais perde, com índice de 48%, enquanto o Sudeste tem o menor índice, de 32%. O desperdício, no entanto, é comum em diversas regiões. 

Nesse cenário, o Rio destaca-se negativamente. O fluminense é quem mais consome: segundo os dados do Ministério das Cidades, a média é de 253 litros por habitante/dia. De acordo com o padrão recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), é possível viver bem com 110 litros por dia de água para cada habitante.

Semana da água no Museu do Amanhã

No mês de junho, o Museu do Amanhã abriu espaço para uma reflexão sobre a crise hídrica, a partir de três iniciativas focadas no tema. Até o dia 31 de julho, o público pode conferir a exposição de fotos “Da abundância à escassez”, supervisionada por Custódio Coimbra, que revela a visão de vários fotógrafos sobre as belezas e os problemas relacionados à água no Brasil.

Na lateral esquerda do Espelho d´água, a instalação Ah, Molécula!, da artista plástica Suzana Queiroga, conecta arte e ciência ao representar de forma inusitada as moléculas da água. E, no último dia 24, o Seminário Crise Hídrica, realizado em parceria com o #Colabora, reuniu no Museu grandes nomes da ciência e das questões ambientais no Brasil para o debate focado na questão da água.

O Museu do Amanhã é gerido pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão – IDG, e conta com patrocinadores e parcerias que garantem a manutenção e execução dos projetos e programas ao longo do ano. O projeto é uma iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro, concebido em conjunto com a Fundação Roberto Marinho, instituição ligada ao Grupo Globo.