O espaço dedicado à inovação como experiência viva, sensível e coletiva. Inspirado pela vitalidade e pela potência simbólica do terreiro, o laboratório convida o público a repensar o próprio sentido de inovar. Em vez de uma tecnologia fria, propõe a conexão raiz, acolhedora. Em vez de um futuro abstrato, oferece o chão comum. A inovação acontece no gesto partilhado, na articulação entre arte, ciência, memória e imaginação, alimentada pelo encontro entre corpos, saberes e territórios diversos.
A área se organiza em quatro zonas simbólicas:
Terra
A Zona Terra convida à reconexão com nossas origens e com os territórios que formam quem somos. Aqui, a terra é um organismo vivo, fonte de inovação e guardiã de saberes ligados aos ciclos da natureza. A instalação “Onde há vazio e nada, agem outras forças desconhecidas, invisíveis — naturalmente”, de Negalê Jones, cria uma experiência sensorial e simbólica. Feita em ferro fundido — extraído do subsolo e moldado pelo fogo —, a obra representa a força da terra em criar formas, memórias e futuros. Torres metálicas com símbolos Adinkra marcam o espaço, ativam sons e, com o fluxo de ar, revelam uma paisagem viva onde o invisível ganha forma.
Onde há vazio e nada, agem outras forças desconhecidas, invisíveis — naturalmente Negalê Jones, 2025. Material: Ferro fundido, circuito elétrico e eletrônico, madeira, acrílico e plantas desidratadas. Medidas: 170x35cm.120x35cm.
Água
A Zona Água é um espaço onde a inovação flui como um rio vivo. Aqui, saberes tradicionais e ciência se encontram, criando caminhos sustentáveis guiados pela inteligência da natureza. No jogo-documentário Atuel, um rio-sonho se abre e te conduz por paisagens líquidas da memória e da imaginação, inspiradas no Vale do Rio Atuel, na Argentina. Nessa jornada surreal, a natureza se comunica em outras línguas: ventos contam histórias, pedras guardam lembranças e a água — sempre em movimento — revela seu propósito junto à comunidade.
Título: Atuel; Gênero: Aventura, Casual, Indie; Desenvolvedor: Matajuegos; Editora: Matajuegos; acomodação: até 3 pessoas por sessão; duração: 30 minutos
Ar
A Zona Ar é um espaço de criação e contemplação, onde diferentes visões de mundo e tecnologias se encontram como ventos em equilíbrio. O ar conecta o natural ao artificial — é uma força invisível que circula, atravessa e transforma tudo ao seu redor.
Na instalação “Ventos que Contam”, de Nina da Hora, o vento ganha forma e linguagem. Uma árvore de LED interativa reage ao toque e ao movimento, convidando o público a sentir o ar como uma entidade viva, carregada de memórias, mensagens e ancestralidade.
Nina da Hora Ventos que Contam, 2025 A árvore, composta por 440 módulos de LED, é ativada por três totens equipados com sensores de presença, toque, botões e outros dispositivos que criam uma experiência multissensorial. Desenvolvimento: SupLab
Fogo
A Zona Fogo é um espaço de troca e transformação, um convite ao nosso público para roda de conversas, debates e trocas com propósitos e movimento, é convite à reinvenção e à criação de novos mundos. Na cosmologia Yawanawá, o fogo exige respeito e intenção — não se acende sem permissão. Ele é força central, que organiza e impulsiona as discussões e ideias que aquecem a vida em sociedade. É uma chama pulsante que conecta tempos, territórios e histórias em um único fluxo.