Amanhã em pesquisa | Museu do Amanhã

Amanhã em pesquisa ultrapassa cem pesquisadores atendidos

Observatório do Amanhã

Por Davi Bonela e Ruy Cotia*
 

Ciência, tecnologia, inovação e educação estão no DNA do Museu do Amanhã. Além de explorar temas orientados para o futuro com os seus mais de 4 milhões de visitantes, o museu é objeto de pesquisas em vários campos do conhecimento. Por isso, mantém o Amanhã em pesquisa, um programa de estímulo à pesquisa sobre o Museu do Amanhã no Ensino Superior e Pós-graduação. Desde 2017, já participaram mais de cem pesquisadoras e pesquisadores da graduação ao pós-doutorado de dentro e fora do Brasil.

Museu é tema de estudo da graduação ao pós-doutorado

“Da arquitetura sustentável ao desenho de exposições, passando por aspectos de turismo, gestão e captação de recursos, até o seu potencial inovador para a educação e a divulgação científica, o Museu do Amanhã é analisado por diversos ângulos. Mas o que mais surpreende é a diversidade dos pesquisadores e pesquisadoras”, afirma Alfredo Tolmasquim, diretor de Desenvolvimento Científico do Museu. 

Entre os mais de cem pesquisadores e pesquisadoras atendidos pela coordenação de Pesquisa, mais de 50% moram fora do estado do Rio de Janeiro, onde o museu fica. Tema de interesse nacional, esses pesquisadores estão conduzindo estudos na graduação e na pós-graduação em universidades públicas e particulares de todas as regiões do país. E, além deles, quatro pesquisadores estão em universidades no exterior.

A presença feminina também é marcante, sendo duas a cada três pesquisas realizadas sobre o Museu do Amanhã conduzidas por mulheres. Uma delas é Bianca Lupo, que atualmente cursa o doutorado na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Bianca analisa as relações entre as novas tecnologias e os projetos de arquitetura de museus brasileiros construídos no século 21, o que inclui uma comparação entre o Museu do Amanhã, Museu da Língua Portuguesa, Museu do Futebol, Paço do Frevo, Museu de Arte do Rio e o Museu da Imagem e do Som. 

“Eu comecei a estudar esses museus ainda na graduação, quando me interessei pelos chamados ‘museus sem acervo’, ou seja, museus distintos dos outros que havia até então no país. Desde então, aprofundei essa pesquisa na especialização, mestrado e agora no doutorado analisando as novas experiências que o público tem nesses museus e a relação que esses espaços guardam com a mídia de massa”, explica.

Assim como Bianca Lupo, chama atenção o fato de 40% dos estudos sobre o museu feitos em diálogo com a área de Pesquisa começarem na graduação. “Nós vemos esses dados com otimismo, afinal isso significa que muitos estudantes estão iniciando a sua carreira optando por ter o Museu do Amanhã como o seu objeto de pesquisa", afirma o diretor de Desenvolvimento Científico.

Chamada pública traz de pesquisadores de todo o país ao Museu do Amanhã

O fato de ter pesquisadores estudando o Museu do Amanhã em todo o país levou o museu a realizar a primeira chamada pública do Amanhã em pesquisa, em 2019, para que alguns desses profissionais pudessem coletar dados presencialmente. 

Ao todo, sete pesquisadoras e pesquisadores foram contemplados pelo programa tendo o apoio com passagens áreas e diárias. No museu, eles conduziram entrevistas com o público, analisaram as exposições, visitaram áreas onde funcionam as ferramentas para a sustentabilidade do museu e se reuniram com os colaboradores de diferentes áreas.

Entre as pesquisas incentivadas pelo programa está uma análise do impacto sobre o bem-estar provocado pela visita a museus conduzida por Edlaine Faria de Moura Villela, professora do curso de Medicina da Universidade Federal de Goiás, usando o Museu do Amanhã como um estudo de caso. Jacques Fernandes Santos, doutor em Educação pela Universidade de Tiradentes, avalia o potencial de inclusão social desses equipamentos para populações com menor acesso à tecnologia e o impacto decorrente disso sobre a educação.

As pesquisas incentivadas pelo programa acompanham uma tendência entre os museus, que, além de ser lugares de memória, estão ganhando novas funções, tais como a inclusão social, o acesso à tecnologia e a promoção de debates sobre questões ambientais e da saúde. 

Uma nova chamada pública será realizada pelo Museu do Amanhã no segundo semestre de 2020. Já o atendimento contínuo realizado pela área de Pesquisa ocorre através do site do Museu. Você pode conferir mais informações aqui

Por Davi Bonela e Ruy Cotia, coordenador de Pesquisa e analista de Pesquisa de Público do Museu do Amanhã | IDG – Instituto de Desenvolvimento e Gestão  

O Museu do Amanhã é gerido pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão – IDG, e conta com patrocinadores e parcerias que garantem a manutenção e execução dos projetos e programas ao longo do ano. O projeto é uma iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro, concebido em conjunto com a Fundação Roberto Marinho, instituição ligada ao Grupo Globo.