Clube da Horta - Tratar do ar e cuidar da água
Tão importante quanto acolher o solo para o plantio, é reconhecer as condições ambientais de ar e água e suas interações benéficas com a terra e as plantas. Nossos olhares se voltarão para o primeiro agricultor, o ar: agente ativo da fertilidade espontânea da Natureza ao espalhar sementes.
Discutiremos também os movimentos das plantas para renovação do ar, regulação de umidade e ativação de evaporação da água. Identificar os caminhos de evaporação é um potente mecanismo para captação de água, tal como realizam os chamados caçadores de nuvens. E inspirados nos plantadores de água, abordaremos a diversidade de fontes de água, suas propriedades, possibilidades de recuperação de nascentes e usos de plantas para despoluição de rios.
O evento consistirá numa roda de conversa dividida em três etapas:
1. Explanação sobre o ar enquanto primeiro agricultor e o compartilhamento das experiências dos caçadores de nuvens para identificação e captação de água e dos plantadores de água para recuperação de nascentes e rios, com Dauá Puri;
2. Diálogos sobre movimentos das plantas para renovação do ar, regulação de temperatura, com Niara do Sol;
3. Demonstração de técnicas de podas, com Niara do Sol.
LOCALIZAÇÃO E PONTO DE ENCONTRO
A Aldeia Vertical é um aldeamento em contexto urbano que fica localizado na rua Frei Caneca, 441, bloco 15, no Bairro do Estácio. Todos deverão encontrar-se na saída A da Estação de Metrô do Estácio às 14h40.
CONVIDADOS
- Niara do Sol é indígena Fulni-ô e Kariri Xocó e dá cursos e palestras em que apresenta sua sabedoria da natureza e práticas terapêuticas, a partir dos conhecimentos de seus antepassados e de outras etnias com que conviveu. Niara criou hortas no Rio, em locais como o Museu de Arte do Rio e o Morro de São Carlos, em colaboração com a Secretaria Municipal de Cultura e Meio Ambiente. Atualmente gere a Horta Comunitária Indígena Dja Guata Porã no bairro do Estácio, local onde desenvolve cursos e cultivos visando à saúde da comunidade de seu entorno.
- Dauá Silva é da etnia Puri. “Contador e caçador de histórias”. Natural do Rio de Janeiro, escritor, poeta e compositor, com formação em Comunicação, atuou nas rádios Bandeirantes/Guanabara, Manchete e outras. É técnico de Segurança do Trabalho, tem licenciatura em Educação do Campo e Ciências da Natureza na Universidade Federal de Viçosa (MG) e é pesquisador da história e da língua da etnia Puri, povo originário na região sudeste. Lançou o primeiro livro bilíngue Puri/Português "Tempo de Escuta - Alkeh Poteh e histórias infantis", além de outras publicações: "Conto por Conto - O Vagalume e a Estrela", poesias na Revista Legal e artigo "Nà thamati - Cultura Indígena do Sudeste" para Egal 2015 em Havana e TCC "Cultura indígena do Sudeste, memória e sua guarda - Os Puri e sua Identidade". Dinamizador cultural e membro do Movimento Indígena do Rio de Janeiro.
A atividade está comprometida com a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), que prevê 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), clique aqui para saber mais.
Objetivo 3: Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades
Objetivo 4: Assegurar a educação inclusiva, equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos
Objetivo 10: Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles
Objetivo 11: Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis