Museu do Amanhã participa de pesquisa de percepção pública sobre alimentação | Museu do Amanhã

Museu do Amanhã participa de pesquisa de percepção pública sobre alimentação no Brasil, Índia e Reino Unido

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Ouvindo mais de 1.600 pessoas nos três países, o estudo realizado pelo Science Museum Group também teve o apoio do Conselho Nacional de Museus de Ciências da Índia e de instituições britânicas

Por Davi Bonela e Felipe Floriano*
 

A alimentação é um desafio global, desde a produção até o consumo. No Brasil, Índia e Reino Unido, as pessoas se sentem impotentes diante deste desafio, que intensifica questões ambientais e sociais. Por isso, elas esperam que os museus as ajudem a se engajar na busca por soluções que possam pôr em prática em suas próprias vidas, como consumidores. É o que revela a pesquisa ‘Sustentabilidade alimentar: engajamento e atitudes públicas no Reino Unido, Brasil e Índia’. Realizada pelo Science Museum Group em colaboração com o Museu do Amanhã, o Conselho Nacional de Museus de Ciências da Índia, People’s Palace Project e Flow Associates, a pesquisa ouviu adultos, famílias, escolas e profissionais para descobrir seus conhecimentos e opiniões sobre os desafios da sustentabilidade alimentar. Tendo a participação de mais de 1600 pessoas nos três países, ainda foi possível explorar como os museus podem se comunicar melhor com elas por meio de suas exposições e outras atividades.

Conheça a pesquisa completa, disponível em inglês.


“A sustentabilidade alimentar é um desafio global com impactos sobre o meio ambiente - associando-se, por exemplo, às mudanças no clima, na biodiversidade e no uso do solo - e também sobre a sociedade - afetando, por exemplo, a saúde e a economia. Por isso é fundamental que os museus de todo o mundo se unam para conhecer a opinião de seus públicos sobre esse tema e desenvolvam as melhores práticas para engajá-los na busca por soluções”, afirma Ricardo Piquet, diretor-presidente do IDG - Instituto de Desenvolvimento e Gestão, a instituição gestora do Museu do Amanhã. “A parceria de longa data com o Science Museum Group possibilita estudos internacionais como este que acaba de ser divulgado, onde são reveladas as semelhanças e as diferenças na forma como os públicos no Brasil, no Reino Unido e na Índia enxergam esses temas”, conclui Piquet. 

A pesquisa revelou que os entrevistados nos três países não só compartilham um alto nível de interesse sobre a sustentabilidade alimentar, mas também sobre as mudanças necessárias para solucionar desafios relacionados à produção, à distribuição e ao consumo de alimentos. Isso porque quanto menor o conhecimento, menos motivados os participantes da pesquisa se sentem para mudar seus próprios hábitos alimentares. Os brasileiros, por exemplo, possuem uma maior consciência sobre os impactos do sistema alimentar nos ecossistemas e no clima do que os britânicos e indianos. No entanto, em um país no qual a insegurança alimentar se intensificou com a Covid-19, a falta de tempo, estilo de vida acelerado, preços dos alimentos e acesso à informação são as principais barreiras para a mudança, particularmente para famílias de baixa renda, segundo o estudo.

Sobre a pesquisa
‘Sustentabilidade alimentar: engajamento e atitudes públicas no Reino Unido, Brasil e Índia’ foi desenvolvida pelo Science Museum Group, com apoio da  Lloyd’s Register Foundation, tendo a participação da  Flow Associates, do People’s Palace Projects do Brasil, do  Conselho Nacional de Museus de Ciência, na Índia, e do Museu do Amanhã, no Brasil.

No total 1.604 pessoas participaram da pesquisa, sendo 300 por meio de entrevistas em profundidade e grupos focais. Além disso, um questionário foi enviado para as redes sociais dos três museus parceiros, incluindo o Conselho Nacional de Museus de Ciência na Índia e o Museu do Amanhã no Brasil.


Por Davi Bonela, coordenador de Desenvolvimento Científico, e Felipe Floriano, analista de Desenvolvimento Científico do Museu do Amanhã.

 

O Museu do Amanhã é gerido pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão – IDG, e conta com patrocinadores e parcerias que garantem a manutenção e execução dos projetos e programas ao longo do ano. O projeto é uma iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro, concebido em conjunto com a Fundação Roberto Marinho, instituição ligada ao Grupo Globo.