Festival Revide! - Movimentos para imaginar Amanhãs | Museu do Amanhã

Festival Revide! - Movimentos para imaginar Amanhãs

Destaques
Início: 
sexta, 11 de novembro de 2022
Término: 
domingo, 13 de novembro de 2022

  • Para participar das rodas de conversa, retire seu ingresso gratuitamente pelo site da Eventim.
     
  • A visitação ao Museu estará aberta até as 22h durante todos os dias de festival. Adquira seu ingresso e visite.
     
  • Todas as atividades, incluindo as atrações musicais, contarão com tradução em Libras.
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA

ATIVIDADES
 

  • 14h: Abertura da exposição Nhande Marandu
    - LAA (Laboratório de Atividades do Amanhã) - Museu do Amanhã ENTRADA GRATUITA PARA TODES ATÉ 13/11

    Curadoria: Anápuáka Tupinambá, Takumã Kuikuro, Trudruá Dorrico e Sandra Benites

    A exposição apresenta ao público os povos indígenas como seus próprios sujeitos comunicacionais. As obras expostas utilizam múltiplas linguagens e mídias para (re)produzir narrativas que têm como fio condutor a autoria indígena, sem os estereótipos impostos pela cultura colonial.

    Você vai conhecer produções contemporâneas dos povos indígenas, mostrando sua comunicação hoje, em contato com tecnologias digitais, sem que isso signifique perder o que lhes torna povos originários.

     
  • 16h: Palestra de Conceição Evaristo
    Auditório do Museu do Amanhã INGRESSOS ESGOTADOS

    Uma das maiores literatas do Brasil, a professora e "escrevivente" propõe uma reflexão sobre a importância e o poder do tempo e da ancestralidade como instrumentos de concretização da liberdade de autobiografar-se e de representar a si própria, sem barreira de terceiros.

    Como a escrevivência, em sua dimensão coletiva, que nasce do cotidiano e da experiência de vida de um povo em conexão com o seu meio, se faz ferramenta para imaginar e criar novos mundos diante da crise planetária climática que se agrava no presente?


     
  • 17h30: Performance de Sallisa Rosa com participação de Tapixi Guajajara
    Átrio do Museu do Amanhã SEM NECESSIDADE DE INSCRIÇÃO

    A artista goiana apresenta Casulo, uma ação performativa com a participação da artesã e cantora Tapixi Guajajara.

 

SHOWS | PRAÇA MAUÁ
GRATUITO | LIVRE ACESSO
 

  • 19h30: DJ Lys Ventura
     
  • 20h: Anelis Assumpção convida Tulipa Ruiz, Jup do Bairro e Malka
     
  • 21h30: DJ Lys Ventura

    A cantora e compositora Anelis Assumpção, vencedora do prêmio MultiShow na categoria Álbum do

    Ano, convida Tulipa Ruiz, Jup do Bairro e Malka para um encontro musical inédito na Praça Mauá.

    A abertura e o encerramento da apresentação ficam por conta da DJ Lys Ventura.

ATIVIDADES

  • 10h-20h: Feira de produtos artesanais
    - Lateral esquerda do Museu do Amanhã GRATUITO | LIVRE ACESSO

    A Feira Revide traz uma incrível seleção de produtos fabricados artesanalmente por comerciantes locais. Entre os expositores estão a Aldeia Vertical, com biojoias e ervas medicinais; a Feira Preta, com barracas que comercializam produtos de matrizes africanas; a Aldeia Marakanã, com artigos artesanais e ervas medicinais; o Viaduto Literário, que disponibiliza para venda livros e artigos e muitos outros. Visite e conheça.
     
  • 11h: Aquilombamentos Urbanos: roda de diálogo com Carla Zulu (mediação), Joice Berth  e Maurício Hora 
    - Abertura: Entre Museus Antirracistas + Museu das Favelas 
    - Auditório do Museu do Amanhã INSCREVA-SE GRATUITAMENTE ABAIXO

    Carla Zulu (Coordenadora do Museu das Favelas), Joice Berth (escritora e arquiteta) e Maurício Hora (Quilombo da Pedra do Sal) discutem o aquilombamento como resposta à colonização e ao epistemicídio europeu de pessoas africanas e de pessoas negras brasileiras.

    Aquilombar-se é revidar, através de práticas antirracistas, o Antropoceno e a crise planetária que se enraízam e se mantêm a partir de relações étnico-raciais de poder.


     
  • 14h: Etnomídia indígena: roda de diálogo com Artemisa Xakriabá (mediação), Katú Mirim e Anápuàka Tupinambá
    - Abertura: Nhande Marandu 
    - Auditório do Museu do Amanhã INSCREVA-SE GRATUITAMENTE ABAIXO

    Artemisa Xakriabá, uma das mais importantes ativistas indígenas da atualidade, lidera uma roda de conversa com a rapper Katú Mirim, descendente do povo Bororo, e Anapuaka Muniz Tupinambá, fundador da primeira rádio indígena do país, sobre a potência da arte como elemento transformador para a imaginação e construção de um novo mundo.

    Vamos falar sobre como as  práticas culturais dos povos originários podem, por meio das ferramentas tecnológicas do agora, contribuir com soluções para a crise planetária.

 

SHOWS | PRAÇA MAUÁ
GRATUITO | LIVRE ACESSO
 

  • 17h: Ilú Obá de Min convida Larissa Luz e Djuena Tikuna

 

  • 18h30: DJ Glau Tavares

 

  • 19h: Rincon Sapiência convida Brisa Flow e Kaê Guajajara

 

  • 20h30: DJ Glau Tavares

    O bloco afro Ilú Obá De Min convida a poetisa, cantora e compositora Larissa Luz e a cantora e ativista indígena Djuena Tikuna para uma apresentação que promete movimentar a Praça Mauá!

    Em seguida, DJ Glau Tavares, frequentador assíduo das melhores pistas do Brasil e do mundo, toma o palco com uma discotecagem que traz grandes sucessos do funk e do hip-hop.

    A noite continua em grande estilo com encontro musical comandado por Rincon Sapiência, que recebe Brisa Flow e Kaê Guajajara.

ATIVIDADES

 

  • 10h-20h: Feira de produtos artesanais
    - Lateral esquerda do Museu do Amanhã GRATUITO | LIVRE ACESSO
     
  • 11h: Práticas do Agora para o Amanhã: roda de diálogo com Marcelo Rocha (mediação), Alessandra Roque, Maria Raquel Passos e Ana Santos 
    - Abertura: COP27 com Paulo Artaxo 
    - Auditório do Museu do Amanhã INSCREVA-SE GRATUITAMENTE ABAIXO

    O  fotógrafo e ativista Marcelo Rocha recebe Alessandra Roque (Agroescola da Providência), Maria Raquel Passos (ResiduaLab) e Ana Santos (Centro de Integração na Serra da Misericórdia) para uma conversa sobre estratégias de educação ambiental e promoção do direito à vida em locais de vulnerabilidade social.

    A abertura da mesa conta ainda com a participação, por vídeo, do pesquisador e acadêmico Paulo Artaxo, que traz um panorama sobre a participação do Brasil na COP 27.


     
  • 14h: Imaginando Novos Mundos: roda de diálogo com abigail Campos Leal e Geni Núñez
    - Abertura: Sai-Fai por Trudruá Dorrico
    - Auditório do Museu do Amanhã INSCREVA-SE GRATUITAMENTE ABAIXO

    Como e por que criar novos mundos? abigail Campos Leal se une à psicóloga indígena Geni Núñez para juntes falarem sobre os desafios da ficção visionária em criar espaços onde seja permitido esgarçar as possibilidades e imaginar o impossível.

    Antes do debate, a escritora indígena Julie Trudruá Dorrico abre a mesa com a leitura do conto Sai-Fai.


     
  • 15h30: Códigos Negros 2022 - Criptoarte e NFT​: roda de diálogo com Edgar, Izadora da Silva Alves e Osvaldo Eugênio
    - Realização Olabi e curadoria de Jon Nunes (mediação)
    - Auditório do Museu do Amanhã INSCREVA-SE GRATUITAMENTE ABAIXO

    Sob curadoria de Jon Nunes, a roda de diálogo Códigos Negros propõe a reflexão de pessoas negras sobre as relações entre arte e tecnologia, com o objetivo de reunir curiosios, artistas, tecnologistas e pesquisadores para uma partilha de conhecimentos e práticas na busca de compreender como as interações entre estes saberes contribuem para a produção de linguagens e experiências comprometidas com uma cultura antirracista.

    Participam da mesa o rapper paulista Edgar, a artista e pesquisadora Izadora Alves, e o especialista em criptomoedas Osvaldo Eugênio.


     

SHOWS | PRAÇA MAUÁ
GRATUITO | LIVRE ACESSO
 

  • 17h - Juçara Marçal convida Edgar e Jéssica Caitano

     
  • 18h30: DJ Marta Supernova

     
  • 19h: Banda Black Rio convida Tássia Reis

     
  • 20h30: DJ Marta Supernova

    Abrindo a última noite do festival, Juçara Marçal convida Edgar e Jéssica Caitana. Na mesma noite, ainda teremos a apresentação da banda Black Rio e Tássia Reis.

    Para encerrar a última noite, a produtora musical e percussionista DJ Marta Supernova entra em ação com um ritmo que traz a junção de memórias, arranjos espirituais e intuitivos, afetos-encontros e celebrações.

 

MANIFESTO

Verão de 2022. Ondas de calor e chuvas extremas arrasam diversas regiões do Brasil. O planeta aquece. Inunda. Em alguns lugares, frita. 

Secas, tempestades, estiagens, vendavais, maremotos, chuvas torrenciais, nevascas, incêndios florestais, inundações, deslizamentos, alagamentos e outras calamidades levam a perdas e danos incalculáveis.

Acontece na Baixada Fluminense, repercute no Sahel. Sacode Chiapas, mergulha nas águas do Parcel de Manuel Luís. A mudança do clima atingirá, de alguma forma, toda vida e o equilíbrio do planeta. Esse é o ensinamento de Gaia – o de que a vida se conecta por infinitas teias.

Porém, a humanidade rompeu com Gaia há décadas em nome do progresso. Promove a exploração da natureza. Muda o solo. Altera a distribuição de biomas nativos em favor de práticas econômicas, industriais e produtivas que destroem.

Há uma humanidade que pisa no mundo deixando pegadas em terra arrasada. Essa humanidade, que prolifera uma atitude predatória frente à fauna e flora nativas levando, consequentemente, a um colapso climático e ecológico sem precedentes nos quatro cantos do globo, normaliza a crise climática extrema sem qualquer reflexão crítica.

Os fenômenos atingem as pessoas de diferentes maneiras e velocidades, porque ninguém ocupa o mesmo lugar ou vive do mesmo jeito no planeta. Progresso para quem? E para onde?

É hora de buscar soluções e agir.
Não depois, agora. Hoje, pelo futuro, pelos amanhãs.

O Festival Revide! - Movimentos para imaginar amanhãs é um convite para debater a emergência climática e ecológica sob uma perspectiva de soluções possíveis – e daquelas que também podem ser inventadas e imaginadas coletivamente.

Com este encontro, queremos abrir o caminho para que, sim, os amanhãs existam. 

Torcer a realidade posta para que reverberem vivências anticoloniais, antirracistas e antidiscriminatórias​​ e emerjam sabedorias ancestrais de povos tradicionais e narrativas vivas de resistência hoje e para o que está por vir.

Abraçar os espíritos e elementos de Gaia e escutar a memória da Terra para que as vozes que se organizam de forma sustentável ecoem e sejam antídotos para um modelo hegemônico que explora e esgota a natureza.

Propor, seguindo a concepção do antropólogo Arturo Escobar, uma “aliança solidária pluriversal”, um espaço para reunirmos as muitas vozes e múltiplas cosmovisões daqueles que imaginam e praticam outros futuros, e para convidarmos tantos outros a se juntarem nestes percursos de imaginação e ação. 

Um passo já muda o rumo. Muitos passos juntos abrem caminhos para outros mundos neste mundo - nossos amanhãs desejados e tão necessários.
 

O Museu do Amanhã é gerido pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão – IDG, e conta com patrocinadores e parcerias que garantem a manutenção e execução dos projetos e programas ao longo do ano. O projeto é uma iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro, concebido em conjunto com a Fundação Roberto Marinho, instituição ligada ao Grupo Globo.