Extinções brasileiras: o que há de novo
Qual o diagnóstico atual das extinções brasileiras? Quais as perspectivas de alteração na biodiversidade do planeta para os próximos anos? O biólogo Carlos Alfredo Joly, professor da Unicamp, trará respostas a essas questões na palestra Extinções brasileiras: o que há de novo. O evento, que acontece em 22 de abril, domingo, às 15h, no Observatório do Amanhã, celebra o Dia da Terra.
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Biodiversidade é a riqueza e a variedade de vida na Terra. Composta por todos os seres vivos, engloba desde seres microscópicos a grandes animais, como nós, os humanos. Parte desta diversidade biológica está em nosso país, porém o histórico de destruições e degradações ameaçam de extinção centenas de espécies.
A partir deste histórico, especialistas identificaram a necessidade de produzir uma ferramenta que reforçasse a importância dos serviços ecossistêmicos para a qualidade de vida das pessoas. Mais de cem pesquisadores se reuniram a fim de buscar tendências e impactos das interações atuais e futuras entre natureza e sociedade: o resultado é a Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES), lançada em fevereiro de 2017. Além de apresentar diagnósticos referentes à biodiversidade brasileira, a plataforma nacional se inspira nos conceitos e estrutura estabelecidos pela Plataforma Intergovernamental de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES), que reúne mais de cem países.
De acordo Joly, coordenador da BPBES, apresentar regularmente diagnósticos da biodiversidade é de grande importância, uma vez que as alterações no ecossistema afetam diretamente nossa qualidade de vida.
“Podemos perder até 40% da nossa biodiversidade até 2050, e esta perda significa que também perderemos serviços ecossistêmicos como a produção de alimentos, de água e de energia. Ou seja, nossa saúde também está ameaçada”, enfatiza o professor. “Precisamos reverter este quadro, não só com mudanças políticas, mas também com mudanças de comportamento. Sendo assim, torna-se cada vez mais importante celebrar o Dia da Terra”.