A cada ano, aproximadamente 10 milhões de toneladas de lixo acabam nos mares e oceanos do planeta. E cerca de 80% dos detritos encontrados no ambiente marinho têm origem em atividades realizadas em terra. De onde vêm esses resíduos, para onde eles vão, quais efeitos eles causam e como solucionar o problema? Na próxima quarta-feira, dia 10 de agosto, esses serão os temas abordados pelo biólogo Alexander Turra, da Universidade de São Paulo (USP), no Museu do Amanhã. A palestra “Lixo nos mares: do entendimento à solução” começa às 16h no Observatório.

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– Em quantidade de lixo flutuante, maior concentração global está no Oceânico Pacífico Norte. O Sudeste Asiático lidera a geração de lixo. O Brasil evoluiu em gestão de resíduos principalmente após a Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010. Mas em escala ainda precisamos avançar. Temos ações muito boas, iniciativas louváveis. Mas falta fôlego. Otimizar o uso dos poucos recursos disponíveis e criar uma plataforma multidisciplinar e multisetorial. Não há solução pirotécnica – adverte Turra.

O biólogo coordena o projeto “EnTenda o Lixo”, que mostrará ao público, gratuitamente, aspectos relacionados aos resíduos capturados na Baía de Guanabara, a partir de 5 de agosto, no Largo de São Francisco da Prainha. Uma tenda será montada, trazendo informações diversas sobre o lixo marinho. O “EnTenda o Lixo” é uma realização do Instituto Oceanográfico da USP e da Plastivida, com apoio do Museu do Amanhã, do Instituto Costa Brasilis, Ministério do Meio Ambiente e prefeitura do Rio, com financiamento da Dow Química.