Como viver melhor? | Museu do Amanhã

Pesquisa Amanhãs do Brasil: longevidade e bem-estar | Resultados

A pesquisa Amanhãs do Brasil: longevidade e bem-estar estimulou o público do Museu do Amanhã a refletir sobre como pensa, sente e age em relação à idade e ao envelhecimento, considerando os desafios e as oportunidades para o aumento da expectativa de vida com saúde e bem-estar. Tendo o patrocínio da EY, esta pesquisa foi realizada entre os meses de outubro e novembro de 2022 com a participação voluntária de 823 visitantes do Museu do Amanhã, que responderam a um questionário de 43 perguntas. Residentes em 170 municípios de 24 estados das cinco regiões do país mais o Distrito Federal, esta amostra representa a percepção do público do Museu do Amanhã com uma margem de erro de 3% a um nível de confiança de 95%. Assim, representa as opiniões de mais de 5 milhões de pessoas que já visitaram o museu desde a sua inauguração em dezembro de 2015.

 

CONFIRA O RESULTADO COMPLETO DA PESQUISA


PRINCIPAIS RESULTADOS
 

Não existe definição única sobre o que é envelhecer para o público do Museu do Amanhã. No entanto, a maioria das respostas apontam que envelhecer é um processo natural do ser humano, no qual se ganha experiências e limitações 

Através de uma pergunta aberta, os visitantes do Museu do Amanhã puderam definir o que é envelhecer em sua opinião, sem considerar que existe uma resposta certa ou errada para esta pergunta. 14% do público afirmou que envelhecer é um processo natural do corpo, seguido de ter, adquirir e acumular experiências (5,7%), amadurecer (5,3%), viver (1,9%) e aceitar as limitações do corpo (1,1%).


O público do Museu do Amanhã se divide em relação aos 60 anos sendo a idade que torna a pessoa idosa, ainda que uma ligeira maioria considere que esta idade está desatualizada, já que hoje em dia as pessoas estão vivendo mais e com melhor qualidade de vida, se mantendo ativas até atingir idades avançadas

55,3% dos visitantes afirmam que não concordam com a definição de que idoso é a pessoa que atingiu os 60 anos de idade e 44,7% concordam com ela. Entre os que não concordam, a maioria defende que as pessoas com 60 anos não se sentem idosas. Já entre os que concordam, a maioria afirmou que é nesta idade que se iniciam os problemas de saúde relacionados ao envelhecimento.


Apesar do público do Museu do Amanhã não concordar com a idade de 60 anos para delimitar o início da vida como idoso, ele acredita que é entre 60 e 70 anos que a pessoa se torna idosa 

41,3% do público apontou que é com idade entre 60 e 70 anos que alguém se torna idosa, 36,1% acredita que seja entre 70 e 80 anos, 13,7% com idade de 80 a 90 anos, 4,3% com 90 anos ou mais, 2,9% com 50 a 60 anos e 0,4% com menos de 50 anos. 


Os visitantes do Museu do Amanhã afirmam que a idade é o principal fator para uma pessoa ser considerada idosa

Através de uma pergunta aberta, os visitantes puderam definir o que faz uma pessoa ser considerada idosa. Entre as palavras mais citadas estão a idade, seguida da aparência, dependência de outras pessoas e limitações. 


Os visitantes do Museu do Amanhã acreditam que ser idoso muda ao longo das gerações. Para eles, tanto os idosos de 30 anos atrás quanto os idosos daqui a 30 anos serão diferentes dos idosos de hoje

O público pôde definir através de uma pergunta fechada se concordam ou não com a ideia de que os idosos de hoje no Brasil são iguais aos idosos de trinta anos atrás, podendo justificar posteriormente por que têm esta percepção em uma pergunta aberta. 96,7% acreditam que não são iguais, apontando principalmente que os idosos são pessoas mais ativas hoje do que eram antes. 1,5% concordam que os idosos de trinta anos atrás são iguais aos de hoje, onde o fato de que os idosos destas gerações distintas mantiveram a mesma mentalidade foi o motivo mais mencionado. 1,8% disseram que não sabem, em sua maioria não justificando o porquê.

Em outra pergunta fechada onde apontaram se concordam ou não se os idosos daqui a 30 anos serão iguais aos de hoje, 83,7% disseram que não, defendendo em sua maioria que o avanço na medicina, tecnologia e ciência proporcionará esta mudança no perfil dos idosos daqui a trinta anos. 1,2% concordam que os idosos daqui a trinta anos serão iguais aos de hoje e o fato de que os idosos irão enfrentar os mesmos problemas dos de hoje foi o motivo mais mencionado.15,1% disseram que não sabem, em sua maioria afirmando não saberem pois o futuro é incerto.


Ter boa saúde, estabilidade financeira e autonomia são as três principais prioridades para os visitantes do Museu do Amanhã para um bom envelhecimento

Em uma pergunta fechada, os visitantes definiram três prioridades para um bom envelhecimento. O principal é a boa saúde (95,7%), seguido de estabilidade financeira (81,5%), autonomia (54,8%), ter relacionamentos sólidos (36,6%), boa forma (25%) e outros (1,3%), como autoconhecimento, capacidade cognitiva e direitos socioambientais. 


O público do Museu do Amanhã acredita que a forma como o idoso é tratado no Brasil influencia como ele vive

Em uma pergunta fechada, 90,9% do público afirma que a forma como o idoso é tratado no Brasil influencia como ele vive, 5,8% acredita que não e 3,3% disseram não saber.


Os idosos são menos valorizados do que o restante da população do Brasil na opinião dos visitantes do Museu do Amanhã 

Em uma pergunta fechada, os visitantes apontaram como eles acreditam que uma pessoa idosa é tratada no Brasil. 87,1% disseram que menos valorizados, 5,6% tão valorizados quanto, 4,3% menos valorizados e 3% não sabem.


Os idosos brasileiros que não vivem em comunidades tradicionais não têm suas histórias de vida valorizadas, ao contrário do que acontece entre aqueles que são indígenas ou quilombolas para o público do Museu do Amanhã

Em uma pergunta fechada, o público pôde apontar se eles acreditam que os idosos brasileiros que não vivem em comunidades indígenas ou quilombolas têm suas histórias de vida valorizadas, podendo justificar posteriormente suas ideias em uma pergunta aberta. 83,6% acreditam que as histórias de vida desses idosos não são valorizadas, em sua maioria justificando que os próprios idosos não são valorizados. 9,2% acham que elas são valorizadas, e que isso depende em sua maioria à cultura familiar a que este idoso está inserido. 7,2% disseram que não sabem, onde a maioria afirmou que isto varia para cada idoso.


A maioria do público do Museu do Amanhã acredita que a convivência de idosos com pessoas de outras idades é boa para eles

98,7% dos visitantes apontaram que a convivência de idosos com pessoas de outras idades é benéfica para eles.


Para os visitantes do Museu do Amanhã a principal prioridade do envelhecimento é a qualidade de vida

83,7% dos visitantes apontaram que querem viver mais e com qualidade de vida, seguido de viver menos, mas com melhor qualidade de vida (13,4%), viver mais independente da qualidade de vida (1%), não sabem (1,3%) e outros (1%), como viver o tempo que conseguir. 


Não existe um consenso na opinião dos visitantes do Museu do Amanhã se existirá um limite para o tempo de vida dos seres humanos nas próximas décadas

39,4% do público acredita que não existirá um limite para o tempo de vida dos seres humanos nas próximas décadas, 33% acreditam que haverá um limite para ser vivido e 27,6% não sabem.


Na opinião do público do Museu do Amanhã, atividades como trabalho, estudo e lazer terão restrições médias que não o impedirá de realizá-las conforme envelhece 

Através de perguntas fechadas, o público pôde apontar como acredita que se dará o seu processo de envelhecimento nos seguintes âmbitos: atividades como trabalho, estudo e lazer; a autonomia do que poderão fazer sozinho(a)s; o volume de atividades que conseguirão participar; qualidade de vida; como viverão; como será envelhecer; como será sua vitalidade e o pique; os relacionamentos com as pessoas; além do que sentem quando pensam sobre envelhecer.

Para o público, atividades como trabalho, estudo e lazer serão possíveis de realizar com restrições; a autonomia do que poderá fazer sozinho será parcialmente perdida; o volume de atividades que conseguirá participar irá reduzir em parte; nos anos que virão terá boa qualidade de vida em maior parte; conforme envelhecer, viverá com algumas restrições; envelhecer será bom; à medida que envelhecer perderá parte da vitalidade ou o pique; os relacionamentos com as pessoas serão afetados em parte e os visitantes em sua maioria não pensam sobre envelhecer.


A maioria dos visitantes do Museu do Amanhã com 60 anos ou mais se dividem entre se sentir com algumas limitações mas conseguindo viver com bem-estar ou se sentir melhor hoje do que quando eram mais jovens. Não se sentem velhos

Em uma pergunta fechada, os visitantes com 60 anos ou mais puderam apontar como se sentem hoje. 50,6% afirmaram que se sentem idosos, se sentindo hoje com algumas limitações mas ainda conseguem viver com bem-estar. 49% se sentem maduros, se sentindo hoje melhor do que quando eram mais jovens. Apenas 0,4% deles disseram se sentir velhos, pois sentem limitações do que podem fazer comparado a como era antes.

71,2% do público com 60 anos ou mais não se sente velho, a maioria justificando que ainda estão ativos.  25,5% se sentem velho às vezes porque às vezes o corpo não corresponde  e 3,3% disseram que se sentem velhos porque sentem as limitações do corpo.


Para os visitantes do Museu do Amanhã com menos de 60 anos, eles se tornarão idosos com idades entre 60 e 70 anos e quando perderem a autonomia

Os visitantes com menos de 60 anos de idade puderam definir a idade em que eles acreditam que serão idosos. 36,6% disseram que isso ocorrerá quando eles tiverem 60 a 70 anos, seguido de 34,3% com idades entre 70 e 80 anos, 17,6% com 80 a 90 anos, 5,5% com 90 anos ou mais, 4,3% com 50 a 60 anos, 1,2% com menos de 50 anos e 0,5% não respondeu.

Em uma pergunta aberta, eles puderam descrever o que os fará acreditar que se tornaram idosos. A maioria afirmou ser quando perderem a autonomia, seguido  da idade, quando não conseguirem realizar suas atividades, quando sentirem cansaço e também quando apresentarem limitações físicas, além da aparência. 


Os visitantes do Museu do Amanhã com menos de 60 anos têm boas expectativas para a sua velhice no futuro

Através de uma pergunta aberta, os visitantes com menos de 60 anos puderam definir como eles imaginam que será a sua velhice no futuro. A maioria das respostas menciona que eles esperam ser ativos, seguido de ter saúde e boa qualidade de vida.


Com opções relacionadas à saúde física, mental e financeira, o público do Museu do Amanhã com menos de 60 anos de idade definiu os cuidados com o corpo como principal prioridade

Podendo marcar várias opções, os visitantes puderam definir o que fazem hoje para ter uma velhice com saúde e bem-estar no futuro. 68,3% disseram que não fumam ou pararam de fumar, 65,9% praticam exercícios físicos regularmente, 58,6% não bebem bebidas alcoólicas em excesso, 56% mantêm uma rede de amigos, 54,7% fazem reservas de dinheiro, 52,4% consomem dieta equilibrada, 41,4% cuidam da aparência, 31,2% fazem suplementação de vitaminas e sais minerais e 4,3% outros, como estudar, ler e meditar.

Em uma pergunta aberta eles puderam descrever o que fazem hoje para ter uma velhice mais completa no futuro. Em geral, mais de uma ação foi mencionada, onde a prática de exercícios físicos foi a mais citada, seguida da alimentação saudável, cuidar da saúde, fazer reservas de dinheiro e manter relacionamentos saudáveis com amigos e família. 


A principal preocupação entre o público do Museu do Amanhã com menos de 60 anos é a perda de força, mobilidade ou equilíbrio

Podendo marcar várias opções, o público com idades até 59 anos puderam apontar quais problemas de saúde relacionados à idade mais os preocupam. A perda de força, mobilidade ou equilíbrio foi apontada por 61,6% deles, seguido de problemas nos ossos ou dores nas articulações (57,4%), problemas cardíacos ou respiratórios (46,9%), alterações na visão ou na audição (46,4%), depressão ou ansiedade (34,3%), Problemas circulatórios ou nos pés (26,9%), diminuição do ritmo (25,9%), alteração no peso (22,1%), problemas com o sono (14,8%) e outros (7,1%), como Mal de Alzheimer, demência e câncer. 

O Museu do Amanhã é gerido pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão – IDG, e conta com patrocinadores e parcerias que garantem a manutenção e execução dos projetos e programas ao longo do ano. O projeto é uma iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro, concebido em conjunto com a Fundação Roberto Marinho, instituição ligada ao Grupo Globo.