Exibição do Documentário "Antropoceno"
Lendo os jornais, é difícil evitar a sensação de que o planeta vive acometido por uma constante febre alta. A comparação com um enfermo é intencional: 2016 foi o ano mais quente de que se tem notícia, desde que as medições de temperatura global começaram a ser feitas, na segunda metade do século XIX. As profundas modificações por quais passa nosso planeta é o tema do documentário "Antropoceno", dirigido pelo jornalista e cineasta Steve Bradshaw, que será exibido em 7 de novembro, às 16h, no auditório do Museu do Amanhã. O filme terá pré-estreia brasileira no Museu do Amanhã e será exibido posteriormente pelo Canal Futura.
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Documentário | 57’
Classificação Indicativa: livre
Com 57 minutos, o documentário traz entrevistas de sete especialistas que fazem parte do “Grupo de Estudos do Antropoceno”. É o time que recomendará formalmente declarar - ou não - uma nova época geológica criada por humanos, deixando para trás a época atual, conhecida como Holoceno. Eles abordam diferentes teorias sobre essa nova época, que teria se iniciado nos anos 1950, com a chegada no mercado de vacinas e antibióticos, o aumento considerável da expectativa de vida, além da TV e do rádio para propagar novos conceitos e padrões de consumo em massa.
Ao final, o documentário chega ao questionamento sobre o que seria a Terra sem a humanidade. O que pensariam outras formas de vida ao estudar uma civilização que foi capaz de mudar o rumo do planeta onde habitou, a ponto de causar sua própria extinção?
Um dos cientistas ouvidos no filme, o professor Erle Ellis, do Laboratory for Anthropogenic Landscape Ecology, da Universidade de Maryland, resume o sentimento de incertezas sobre o futuro de nossa existência na Terra:
"De repente, nós acordamos atrás do volante de um carro que se move sozinho por uma rodovia. Agora é hora de assumirmos o controle".