Em 29 de maio de 1919, astrônomos ingleses foram a Sobral, no Ceará, e à Ilha de Príncipe, na África, observar um eclipse total do sol. O objetivo desta comissão era verificar um dos fenômenos previstos da Teoria da Relatividade de Albert Einstein, que era a deflexão da luz das estrelas quando passa próxima ao Sol. Este fenômeno só poderia ser observado durante um eclipse total do Sol, quando é possível ver as estrelas próximas do Sol. A divulgação dos resultados destas observações levou não só à comprovação da Teoria da Relatividade, mas à fama de Einstein junto à população não especializada em todo o mundo. 

A atividade “Um eclipse para chamar de seu”, consistirá de um painel para discutir diferentes formas de apropriação de um eclipse, e será seguida da projeção do filme “Casa de Areia”, com a participação de Fernando Montenegro e Fernanda torres, e direção de Andrucha Waddington. O filme retratada o encontro da personagem de Fernanda torres com os membros da comissão inglesa, que se encontrava numa região inóspita para comprovar a teoria de Einstein. Na liberdade poética do filme,a região dos Lençóis Maranhenses retrata a comissão inglesa  que esteve em Sobral, no sertão do Ceará.

 
O painel, será de 16 às 18h, no Auditório, e trará uma mostra das diversas formas de se apropriar de um mesmo fenômeno, no caso o eclipse do Sol, através de diferentes olhares, seja ele científico, cultural ou religioso.

A exibição do filme "Casa de Areia"  acontecerá às 18h , também no Auditório.

Casa de Areia | Trailer Oficial 

Convidados 

Andrucha Waddington – Produtor e diretor de cinema. Dirigiu “Casa de Areia”, “Gêmeas”, “Os Penetras”, dentre outros. Seu filme “Eu Tu Eles” recebeu menção especial no Festival de Cannes e diversas premiações. Já trabalhou com Caetano Veloso, Gilberto Gil, Marina Lima, Djavan e Arnaldo Antunes, dirigindo videoclipes e filmes – dentre eles “Viva São João”, que mostra um pouco do universo das festas juninas no interior do Nordeste.

Márcio Campos – Físico e antropólogo, é professor aposentado Unicamp. Especialista em educação formal e não-formal, pesquisa a relação entre humanos, sociedades e natureza e saberes locais, técnicas e práticas. Estuda a relação entre astronomia e cultura, tendo já trabalhado com os índios Kayapó e populações caiçaras em regiões costeiras. Coordenador do projeto SULear, que propõe a compreensão domundo por uma geopolítica não tradicional entre Norte e Sul globais.

Patrícia Spinelli – Astrofísica e especialista em divulgação científica, é pesquisadora adjunta do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST). Co-fundadora do grupo de divulgação de astronomia GalileoMobile, Patrícia recebeu em 2013 o título de Galileo Ambassador pelo Galileo Teacher Training Program. É uma das coordenadoras do Gabinete de Astronomia para o Desenvolvimento da União Astronómica Internacional para países e comunidades de língua Portuguesa.

Maria Eichler – Doutora em História Antiga pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Mestre em História pelo Programa de Pós-Graduação em História Social da Cultura da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Cursou pós-graduação Lato Sensu em História Antiga e Medieval pelo Núcleo de Estudos da Antiguidade (NEA-UERJ). Graduada em Ciências Sociais pela Escola Superior de Ciências Sociais da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro. Pesquisadora integrante do Grupo de Pesquisa NERO (Núcleo de Estudos e Referências da Antiguidade e do Medievo) vinculado à Escola de História da UNIRIO

Mediação: O diretor de Desenvolvimento Científico Alfredo Tolmasquim mediará a mesa-redonda e fará uma breve introdução histórica sobre o eclipse de 1919, que motivou a presente atividade.