Ofisuka 2068 Imaginando um Futuro do Trabalho

Museu do Amanhã, gerido pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), inaugura sua nova exposição Ofisuka 2068 – Imaginando um Futuro do Trabalho e convida os visitantes a descobrir um futuro possível para a vida profissional 50 anos adiante

E se todos os trabalhos fossem hipercriativos?

A partir do dia 19 de setembro, o Museu do Amanhã, gerido pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), inaugura sua nova exposição Ofisuka 2068 – Imaginando um Futuro do Trabalho e convida os visitantes a descobrir um futuro possível para a vida profissional 50 anos adiante. Esse futuro, em particular, foi imaginado por designers do Instituto Europeo di Design (IED), pela equipe do Laboratório de Atividades do Amanhã | LAA, espaço apresentado pelo Santander, e por jovens, que provavelmente testemunharão esse futuro, no qual estima-se que 65% das crianças que hoje estão na escola primária irão desempenhar atividades ainda não existentes

E se todo trabalho fosse por temporada? E se você só trabalhasse com o que gosta de fazer?

Buscamos inspiração numa espécie de futuro preferível, dentre os muitos caminhos possíveis. Partimos da premissa de que 50 anos à frente as questões econômicas e sociais mais evidentes já tenham sido equacionadas e apostamos nas tendências inci-pientes que estão surgindo e que dependem das escolhas que faremos como socieda-de”, explica Marcela Sabino, curadora da exposição e diretora do LAA. “A exposição é, antes de mais nada, uma provocação a imaginar e a criar um amanhã além das narra-tivas sobre automação extrema e desemprego tecnológico, que dominam as manche-tes de hoje. O exercício que fizemos uniu criatividade e ciência para construir uma ideia de futuro do trabalho que fosse mais positiva do que aquelas que vemos nos ci-nemas e na ficção científica”, complementa

Na exposição, o visitante se depara com uma grande Ofisuka (palavra que significa escritório-casa em japonês), um ambiente versátil que mescla trabalho e convívio de forma colaborativa, que a curadoria da exposição acredita que será muito popular em 2068. Em contraponto à tendência de excessiva virtualização, a Ofisuka é um espaço de trabalho para onde as pessoas poderão se mudar por temporadas para desenvolver projetos, obras ou empreendimentos específicos

“Nos perguntamos: qual seria o papel do ser humano em uma sociedade na qual questões como renda mínima já terão sido equacionadas, e a tecnologia continuará a redefinir padrões de conforto, eficiência, precisão e produtividade? Talvez o nosso lugar seja desenvolver trabalhos mais criativos. Imaginamos que em 50 anos, pessoas do mundo todo se organizarão por projetos temporários em espaços como a Ofisuka para desenvolver novas organizações, iniciativas, campos de pesquisa ou para criar atividades científicas, tecnológicas ou artísticas, por exemplo”, conclui

A metodologia usada na criação da mostra foi baseada na disciplina “Estudos de Futuros”, que auxilia no desenvolvimento de estratégias, de políticas públicas, e de novos produtos e serviços para influenciar futuros possíveis. O exercício envolveu a análise de sinais de mudança e suas implicações no tempo e em vários níveis sociais, culturais, ambientais e de negócios

E se você pudesse acessar mais camadas da sua mente?

A exposição apresentará algumas possíveis novas profissões como: Onironauta (mineradores de matéria onírica bruta), Pensigner (designer de pensamentos), que facilitam a hipercriatividade de um futuro marcado pela união entre tecnologia, pessoas, natureza e sociedade, que habilitará novas formas de se organizar, interagir e consumir. Assim, conhecimentos em design, psicologia, matemática, neurobiologia e filosofia, e de meditação serão importantes para os profissionais do futuro

O percurso narrativo ainda exibirá ao público possíveis padrões do trabalho daqui a 50 anos: o de hipercriatividade, que une indivíduos à tecnologia; o de quimeras, novas organizações híbridas entre humanos e não-humanos que viverão como famílias; e o de pessoas artificiais - capazes de gerenciar seus próprios recursos e estabelecer relações de troca. Na exposição, visitantes poderão ver ferramentas, equipamentos, que serão usados em 2068 como a geladeira de gel, as impressoras 3D que criarão móveis e exoesqueletos, impressoras de comida, máscaras de visualização, e casulos de dormir. Pessoas poderão entrar nas Cápsulas onde os Onironautas mineram matéria bruta de sonhos, poderão interagir com uma ferramenta de prototipagem de realidade aumentada no Projectum, e poderão entrar em estados meditativos nos Dream Pods, manipular cenas de sonhos no ComumSonho - Estúdio de Protipação. A exposição Ofisuka 2068 – Imaginando um Futuro do Trabalho, em parceria com os designers do Istituto Europeo di Design (IED), ficará em cartaz até janeiro de 2019