Para aquecer uma das discussões mais complexas e urgentes da era digital: o impacto das deepfakes na sociedade, convidamos Nina da Hora — cientista da computação, pesquisadora e uma das vozes mais atentas às relações entre tecnologia, justiça e desigualdade no Brasil. Nina, que também assina uma instalação do espaço de inovação, entra no ritminho acelerado das deepfakes - vídeos e áudio que são manipulados por inteligência artificial, capazes de imitar rostos, vozes e expressões com um grau de realismo perturbador. Se antes pareciam coisa de ficção científica, hoje estão no nosso dia a dia — dos memes bem-humorados com celebridades como Beyoncé e Lady Gaga, passando por rostos inexistentes, como o do fictício programa de auditório da Marisa Maiô, até conteúdos pornográficos não consensuais e manipulações políticas que colocam, na boca de líderes e autoridades, palavras que jamais foram ditas.
O CLIMÃO de julho vai te mostra o porquê esse debate sobre deepfakes é, não só tecnológico, é acima de tudo social. Trata-se de pensar o que acontece quando a tecnologia passa a forjar não só imagens, mas também verdades. Como isso afeta nossa confiança nas instituições, nas pessoas e na própria realidade? O que acontece com a nossa imagem — e com a nossa dignidade — quando deixamos de ter controle sobre a forma como somos representados?
CONVIDADA

Nina da Hora
TURMAS PARTICIPANTES:
ESPRO — Ensino Social Profissionalizante
Escola Padre Doutor Francisco da Motta - Região Portuária
Escola Fundação Darcy Vargas