CLIMÃO

No Ritminho da DeepFake

Na quarta-feira, 16 de julho, às 16h, inauguramos a arena do novo espaço de inovação, localizada na Zona Fogo. A proposta desse espaço é ser um ponto de encontro para a troca e a transformação, acendendo uma chama coletiva que questiona e impulsiona novos modos de viver diante dos diversos desafios sociais que enfrentamos.

Para aquecer uma das discussões mais complexas e urgentes da era digital: o impacto das deepfakes na sociedade, convidamos Nina da Hora — cientista da computação, pesquisadora e uma das vozes mais atentas às relações entre tecnologia, justiça e desigualdade no Brasil. Nina, que também assina uma instalação do espaço de inovação, entra no ritminho acelerado das deepfakes - vídeos e áudio que são manipulados por inteligência artificial, capazes de imitar rostos, vozes e expressões com um grau de realismo perturbador. Se antes pareciam coisa de ficção científica, hoje estão no nosso dia a dia — dos memes bem-humorados com celebridades como Beyoncé e Lady Gaga, passando por rostos inexistentes, como o do fictício programa de auditório da Marisa Maiô, até conteúdos pornográficos não consensuais e manipulações políticas que colocam, na boca de líderes e autoridades, palavras que jamais foram ditas.

O CLIMÃO de julho vai te mostra o porquê esse debate sobre deepfakes é, não só tecnológico, é acima de tudo social. Trata-se de pensar o que acontece quando a tecnologia passa a forjar não só imagens, mas também verdades. Como isso afeta nossa confiança nas instituições, nas pessoas e na própria realidade? O que acontece com a nossa imagem — e com a nossa dignidade — quando deixamos de ter controle sobre a forma como somos representados?

CONVIDADA

Nina da Hora

Nina da Hora

Nina da Hora é cientista da computação, pesquisadora, educadora e ativista com foco em direitos humanos, igualdade racial e inclusão digital. Fundadora do Instituto da Hora (IDH), uma organização voltada para a educação e capacitação de jovens negros em áreas de inovação tecnológica, Nina é reconhecida por seu trabalho no combate à discriminação racial no ambiente digital e na promoção de acessibilidade e justiça social.

TURMAS PARTICIPANTES:

ESPRO — Ensino Social Profissionalizante

Escola Padre Doutor Francisco da Motta - Região Portuária

Escola Fundação Darcy Vargas

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