Recentemente, o Museu do Amanhã se tornou tema de um artigo científico publicado no Anuário do Instituto de Geociências da UFRJ. "Caminhando sobre o passado no Museu do Amanhã" traz a história curiosa dos fósseis de moluscos que marcam o calcário usado na cobertura do piso e ao redor do museu. Segundo os autores, há pelo menos cinco tipos de fósseis em estados diferentes de conservação. "Há cinco tipos de fósseis de quatro gêneros distintos - todos da formação Jandaíra, de um ambiente de águas rasas na bacia Potiguar no Nordeste brasileiro. Eles são típicos da fase final do Cretáceo, de cerca de 90 milhões de anos atrás", explica Hermínio de Araújo, geólogo da UERJ e co-autor do estudo. "O Museu do Amanhã é um dos poucos lugares do Rio com revestimentos que contém fósseis brasileiros - isso é tão pouco comum que, à primeira vista, havíamos pensado que eram fósseis de Portugal", completa Márcia Polck, pesquisadora do Departamento Nacional de Produção Mineral e também co-autora do estudo.

O estudo será ainda incorporado à programação do museu em forma de roteiro para visitas mediadas com educadores - o que acontecerá ainda este ano. "Os fósseis presentes nas rochas que usadas na arquitetura do Museu do Amanhã serão muito úteis na realização de diversas atividades lúdicas. Queremos que os alunos de escolas e visitantes sejam estimulados a analisar o que veem. Com isso, queremos que vejam que alguns conteúdos que à primeira vista parecem muito complexos, podem ser, na verdade, de fácil entendimento -- o que torna essa ação mais participativa e interessante, resgatando um ensino mais dinâmico", conta a bióloga Karen Silva, educadora do Museu do Amanhã. 

O Museu do Amanhã, além disso, tem sido intensamente estudado por pesquisadores de diversas áreas. Um seminário a acontecer no fim deste ano apresentará os resultados e o andamento destas pesquisas.

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