O Rio recebeu 2,4 milhões de pessoas escravizadas: uma história enterrada
“Na ternura, na mímica excessiva, no catolicismo em que se deliciam nossos sentidos, na música, no andar, na fala, no canto de ninar menino pequeno, em tudo que é expressão sincera de vida, trazemos quase todos a marca da influência negra”, diz o sociólogo, historiador e ensaísta brasileiro Gilberto Freyre (1900-1987) num trechos de seu livro "Casa Grande e Senzala".
Apesar de nossas profundas raízes com a cultura africana, o flagelo do desembarque de 2,4 milhões de africanos escravizados no Rio, durante quatro séculos, foi varrido para debaixo do tapete por muito tempo. A redescoberta do local exato do Cais do Valongo, na Saúde, por onde entraram pelo menos 500 mil escravos entre 1811 e 1831, representou um necessário reencontro com nosso passado.
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