Exposição “Horizontes Possíveis – Arte como Refúgio”
Desde a Segunda Guerra, o mundo não vivenciava uma crise humanitária tão grave como a dos refugiados. Fugindo de guerras, conflitos armados, perseguição religiosa ou étnica, mais de 65 milhões de pessoas – a metade crianças – deixaram seu lugar de origem, segundo a ONU. Deixaram para trás suas casas e seus bens. Algumas cruzaram fronteiras depois de longas jornadas e pediram asilo a outros países. Entre eles o Brasil.
Para dar voz a quem teve sua história reduzida a estatísticas ou a poucas linhas do noticiário, o Museu do Amanhã, em parceria com a Cáritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro, apresenta a exposição “Horizontes Possíveis – Arte como Refúgio”, em cartaz de 13 a 25 de setembro.
São 11 obras feitas por quatro artistas da Síria e da República Democrática do Congo que se refugiaram no Rio e foram inseridos no grupo de estudos HARP (Plataforma de Pesquisa em Arte Humanitária, na tradução da sigla em inglês) coordenado por Felippe Moraes, curador da mostra.
Uma primeira exposição deste grupo já foi realizada este ano, na Fábrica Bhering, na Região Portuária. A ideia do HARP é estimular a prática artística como forma de inserir os artistas refugiados na cena cultural carioca e estimulá-los a não abandonar seus trabalhos, mesmo depois de vivenciarem traumas.
- Antes de se tornarem uma estatística, por serem atingidos por graves problemas sociopolíticos do mundo, são pessoas com subjetividade, história e criatividade para se expressarem, contarem suas histórias e também educarem o público sobre arte, situações humanitárias e sobre como podemos viver juntos dividindo um mesmo espaço - afirma Felippe Moraes.
De acordo com o curador, mais do que a arte, a exposição mostrará que o outro é mais do que um retrato de uma situação de conflito.
- O refugiado é uma pessoa que tem sonhos, aspirações e força criativa. E isso pode ser inspirador para nós - complementa.
Arte como refúgio
A exposição traz obras dos artistas Ali Abdulla e Anas Rjab, que deixaram a Síria para fugir da guerra civil instalada desde 2011, que já matou mais de 280 mil. O conflito teve origem com protestos contra o governo do presidente Bashar al-Assad e se agravou com o avanço do grupo radical Estado Islâmico sobre o território.
Serge Makanzu Kiala e Keto Kabongo, também integrantes da mostra, cruzaram o Oceano Atlântico para fugir da violência de seu país, a República Democrática do Congo, uma das nações mais ricas da África e que enfrenta há quase 20 anos conflitos armados causados principalmente por disputas de poder.
Serviço: Horizontes Possíveis - Arte como Refúgio
Quando: 13 a 25 de setembro, das 10h às 17h
Onde: Área do lounge do Museu do Amanhã (ala Oeste)
Quanto: valor embutido no ingresso para entrada do Museu
Ficha técnica:
Realização: Cáritas Brasileira e HARP
Co-realização: Museu do Amanhã
Curador: Felippe Moraes
Gerente de Exposições e Observatório do Amanhã: Leonardo Menezes
Editor de Conteúdo: Emanuel Alencar
Redator de Conteúdo: Eduardo Carvalho
Produção: Diana Brandão e Luzia Silva
Estagiária: Thaís Cerqueira
Presidente do Conselho de Administração IDG: Fred Arruda
Diretor Presidente: Ricardo Piquet
Curador Geral: Luiz Alberto Oliveira
Diretor de Conteúdo: Alfredo Tolmasquim
Diretor de Operações & Finanças: Henrique Oliveira
Diretor de Desenvolvimento de Públicos: Alexandre Fernandes Filho
Diretor de Planejamento & Gestão: Vinícius Capillé
Diretora Captação de Recursos: Renata Salles