How can climate change affect our lives?

The climate crisis is already impacting the entire world, but does everyone feel its effects in the same way?

A resposta é não. Quem mais sofre com as consequências das mudanças do clima costuma ser justamente quem menos contribuiu com elas.

Enquanto países ricos, historicamente os maiores emissores de gases de efeito estufa, sentem menos os impactos diretos, regiões mais pobres e vulneráveis do globo enfrentam as maiores perdas.

No Brasil, pessoas de baixa renda, negras e indígenas estão entre as mais afetadas, mostrando que crise climática não só atinge a todos de forma desigual como também aprofunda desigualdades já existentes, impactando ainda mais os grupos que têm menos acesso a recursos para se adaptar e se recuperar dos desastres.

Dessa forma, ações que buscam justiça climática e enfrentam o racismo ambiental são fundamentais para reduzir desigualdades e assimetrias que a crise tende a intensificar. Veja a seguir alguns exemplos de como essa crise nos atinge de perto:

Calor extremo e saúde

Quando o ar está mais quente que nosso corpo, o organismo precisa trabalhar mais para se resfriar. Isso pode causar náusea, tontura, dor de cabeça e desidratação e, em casos extremos, levar à morte.

Crianças e idosos são ainda mais vulneráveis. Por isso, o acesso à saúde, ao saneamento, à infraestrutura urbana e às áreas verdes é fundamental para proteger quem mais precisa.

Chuvas intensas e falta de água

As mudanças no clima alteram o regime de chuvas, provocando enchentes e períodos de seca mais intensos. Esses eventos ameaçam diretamente a disponibilidade e qualidade da água para todos.

Durante as enchentes de 2024 no Rio Grande do Sul, por exemplo, quase metade das famílias com renda de até dois salários mínimos perdeu casa, móveis ou fonte de renda. Pessoas negras e pardas foram as mais atingidas.

Ao mesmo tempo, o número de dias sem chuva no Brasil aumentou 25% em sessenta anos. Isso afeta diretamente o abastecimento de água nas cidades e a produção de energia, já que mais da metade da nossa eletricidade vem de usinas hidrelétricas.

Esses exemplos e tantos outros que estamos vivendo e assistindo nos levam à percepção de que vivemos em um estado de policrise, com crises na dimensão ambiental, econômica, social e geopolítica, entre outras. Essas crises — e os desafios que colocam — estão interligadas e necessitam de estratégias capazes de abordá-las conjuntamente. 

Legenda: Enchente no Rio Grande do Sul. Imagem: Thales Renato / Mídia NINJA, CC BY 4.0

Acesse nossos próximos conteúdos para saber mais sobre caminhos possíveis de ação — tanto na esfera individual quanto coletiva.

O clima mudou

.

Agir é urgente

.

O que mais podemos fazer?

.

Glossário climático

The answer is no. Those who suffer most from the consequences of climate change are often precisely those who contributed least to it.

While rich countries, historically the largest emitters of greenhouse gases, feel less of the direct impacts, the poorest and most vulnerable regions of the globe face the greatest losses.

In Brazil, low-income, Black, and Indigenous people are among the most affected, demonstrating that the climate crisis not only affects everyone unequally but also deepens existing inequalities, further impacting groups that have less access to resources to adapt and recover from disasters.

In this way, actions that seek climate justice and face the environmental racism are essential to reducing inequalities and asymmetries that the crisis tends to intensify. Here are some examples of how this crisis hits us closely:

Extreme heat and health

When the air is hotter than our body temperature, the body has to work harder to cool itself. This can cause nausea, dizziness, headaches, and dehydration, and in extreme cases, death.

Children and the elderly are even more vulnerable. Therefore, access to healthcare, sanitation, urban infrastructure, and green spaces is essential to protect those most in need.

Heavy rains and lack of water

Climate change alters rainfall patterns, causing more intense flooding and droughts. These events directly threaten the availability and quality of water for everyone.

During the 2024 floods in Rio Grande do Sul, fexample, almost half of families earning up to two minimum wages lost their homes, furniture, or source of income. Black and brown people were the hardest hit.

At the same time, the number of days without rain in Brazil increased by 25% in sixty years. This directly affects the water supply in cities and energy production, since more than half of our electricity comes from hydroelectric plants.

These examples, and many others we are experiencing and witnessing, lead us to the realization that we live in a state of polycrisis, with crises at environmental, economic, social, and geopolitical levels, among others. These crises—and the challenges they pose—are interconnected and require strategies capable of addressing them jointly.

Caption: Flood in Rio Grande do Sul. Image: Thales Renato / Mídia NINJA, CC BY 4.0

Access our upcoming content to learn more about possible paths of action—both individually and collectively.

The climate has changed

.

Taking action is urgent

.

What else can we do?

.

Climate glossary