Vivências | Ágora Negra | Museu do Amanhã

Vivências do Tempo | Ágora Negra

Relações Comunitárias
Início: 
sábado, 01 de julho de 2017
Término: 
sábado, 01 de julho de 2017
Local:
Átrio do Museu do Amanhã e Observatório do Amanhã
Horário:
sab 13h-18h

A voz ativa talvez seja um dos maiores privilégios na estrutura em que vivemos. Guarda a potência da auto-representação. A ágora negra evidencia que ali não está somente o lugar de fala onde se dá voz, como se a voz já não existisse. A ágora negra é um convite à fala e uma exigência de escuta, o momento em que uma voz silenciada não apenas se faz presente, mas audível.

Negritude na arte
O desejo da auto representação, o grande prazer de poder gritar seu próprio nome, de pintar o seu rosto com as cores que lhe cabem, seja para a luta ou para o palco. Quando a cortina vira trincheira e a existência se torna sobrevivência cabem alguns questionamentos. Quanto de luta e de resistência existe na presença do negro no contexto artístico em nosso país? Por qual porta o negro entrou nos museus? As luzes da ribalta conseguem iluminar a pele negra?

Confira a programação abaixo:

Programação Filme + Roda de Conversa + Performance

13h00 às 14h10 - Filme: Deixa na Régua, de Emílio Domingos (no Observatório do museu, duração 1:23m)
Um corte de cabelo estiloso pode representar muita coisa. O dia a dia movimentado das barbearias da zona norte é retratado com leveza e graça a partir dos depoimentos de jovens que a frequentam.

14h20 / 14h30 - Filme: Teatro Experimental do Negro. de Elisa Larkin Nascimento e Filó Filho (no Observatório do Amanhã, duração 9 minutos)
O filme conta a história do Teatro Experimental do Negro (TEN) desde sua idealização em 1941 e seu antecessor o Teatro do Sentenciado em 1942-43, passando por sua fundação em 1944. Registra algumas atividades e projetos do TEN, como o do Museu de Arte Negra (MAN), e termina mostrando o seu legado atual num teatro negro contemporâneo atuante em diversos estados do Brasil.

14h40 / 15h10 - SLAM, com Marcela Lisboa (no Átrio do Museu do Amanhã)
Marcela Lisboa é jornalista por formação e escritora por necessidade. Influenciada pela Leonilza Lisboa, tia e artista maranhense começou a escrever poesias desde pequena. Há um ano integra a Cia Corpafro de artes, dirigida por Eliete Miranda, uma das fundadoras do Olodum.
Sua performance sobre reconstruir a história faz parte do curso integrado de teatro e dança ministrado por Eliete no Jardim Suspenso do Valongo.

15h15 / 17h30 - Roda de Conversa com Léa Garcia, Tatiana Tiburcio, Tatiana Henriques, Cosme Felippsen, Hugo Oliveira, Thiago Laurindo, entre outros convidados (no Átrio do Museu do Amanhã)

17h30 - Performance: Tambores - com os percussionistas Rodrigo Maré Souza e Pablo Carvalho, e a dançarina Pâmela Carvalho, no Átrio do Museu do Amanhã
Intervenção prático-poética que busca a partir dos Tambores, elementos centrais e ancestrais de matrizes africanas, estabelecer um diálogo entre corpo, mente e som.

18h - Encerramento: Manifesto do Baobá

O Museu do Amanhã é gerido pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão – IDG, e conta com patrocinadores e parcerias que garantem a manutenção e execução dos projetos e programas ao longo do ano. O projeto é uma iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro, concebido em conjunto com a Fundação Roberto Marinho, instituição ligada ao Grupo Globo.