Uma viagem pela história do Universo | Museu do Amanhã

Uma viagem pela história do Universo

Exposição Principal
Alexandre Cherman inaugura a série de palestras 'A Ciência nos bastidores do Museu do Amanhã'

Já descobrimos a existência de estrelas, galáxias, planetas, mas tudo o que conhecemos equivale apenas a 4% do Universo. Com essa afirmação intrigante, o astrônomo Alexandre Cherman abriu a série de palestras do evento “A Ciência nos Bastidores do Museu do Amanhã”, na terça-feira (12), para um auditório repleto de curiosos.

Gerente de Astronomia do Planetário do Rio, Cherman integra o time de consultores que ajudaram a planejar a Exposição Principal do Museu, um dos maiores desafios de sua carreira, segundo ele.

- Eu perguntava constantemente: vocês têm certeza que querem um astrônomo no projeto? Eles quiseram e estou aqui hoje - brincou o pesquisador, que durante uma hora falou de temas variados: desde as origens do Cosmo à importância da educação científica, passando por missões tripuladas pelo Sistema Solar e vida extraterrestre.

Ele contou que a decisão do Museu de abordar temas como Astronomia e Cosmologia logo no início da Exposição Principal tinha o objetivo de situar o visitante que ele faz parte de uma “história muito maior". E defendeu a Astronomia como "porta de entrada ideal para o mundo da Ciência", ao sublinhar o encantamento das crianças sobre o assunto.

- Na história da vida do planeta Terra, somos um ponto muito pequeno. Somos irrelevantes, mas temos que deixar um mundo melhor para nossos descendentes. E a educação científica é que vai nos permitir salvar o nosso planeta, ou, num caso extremo, procurarmos uma outra "casa" para morar - disse.

Cherman apresentou ao público o Calendário Cósmico, um método de visualização do tempo de vida do Universo que concentra os fatos já registrados no período de um ano. Nesta escala de tempo, o Big Bang teria acontecido em 1º de janeiro e o ser humano só surge nas últimas horas de 31 de dezembro.

Missões tripuladas a Marte até 2040

Sobre o futuro, Cherman acredita que nos próximos anos daremos grandes passos na Exploração Espacial, principalmente com a ida do homem a Marte até 2040; e que vamos obter mais detalhes sobre o que existe fora da Terra, que ajudarão a explicar melhor grandes mistérios da ciência como a matéria e a energia escuras. Por fim, disse acreditar que conseguiremos descobrir se há vida extraterrestre ainda nas próximas décadas.

- Vamos obter respostas profundas a muitas dúvidas teológicas e sociológicas da humanidade, como a "se estamos sozinhos no Universo’. Existe vida fora da Terra, não tenho dúvida, mas duvido que já tenham vindo para o nosso planeta. Muitas pessoas que dizem ter visto ETs, fazem relatos de figuras semelhantes a humanos, com uma cabeça enorme, braços compridos. Isso é furada. Elas provavelmente apenas viram um homem muito feio - brincou. 

Sobre o "Ciência nos bastidores"

A série de palestras "A Ciência nos bastiores" reúne os cientistas que participaram da elaboração da Exposição Principal do Museu do Amanhã em conversas informais com o público. Estudiosos das áreas de Ciências Exatas, Humanas e Biológicas, ligados a universidades do Brasil e do exterior, irão desvendar aos visitantes os detalhes e desafios envolvidos no planejamento da exposição. 

As inscrições para o evento são gratuitas e não dão acesso às exposições do Museu. Os interessados podem se inscrever até cinco horas antes de cada palestra por meio de um formulário on-line, e o número de vagas está sujeito a lotação do espaço. Os encontros vão até 25 de fevereiro, sempre às terças e quintas-feiras, às 17h30.

Veja a lista completa dos palestrantes.

O Museu do Amanhã é gerido pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão – IDG, e conta com patrocinadores e parcerias que garantem a manutenção e execução dos projetos e programas ao longo do ano. O projeto é uma iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro, concebido em conjunto com a Fundação Roberto Marinho, instituição ligada ao Grupo Globo.