Entrevista e tradução: Meghie Rodrigues*

Laura Pereira tem nome de brasileira, mas é na verdade sul-africana de descendência portuguesa. Para ela, o Antropoceno é não apenas uma nova época em que humanos se tornaram uma força geológica, mas também um tempo de mudança para a humanidade – não necessariamente atrelada à catástrofe se agirmos coletivamente e rápido o bastante para evitá-la. E o Sul Global tem um papel crucial nesse cenário. 

A zoóloga também é especialista em Ecologia e Direito, e durante seus anos de doutorado na Universidade de Oxford analisou a capacidade do setor privado na área de alimentos em se adaptar às mudanças climáticas no Brasil e África do Sul.  Atualmente ela é especialista em Meio Ambiente e Sustentabilidade na Escola de Artes e Ciências Sociais na City University em Londres e estuda como podemos ter sistemas alimentares mais saudáveis e equânimes no Antropoceno. 

Ela também é uma das líderes de pesquisa do projeto Seeds of Good Anthropocenes (“Sementes de Bons Antropocenos”, que mapeia iniciativas pouco conhecidas de transformações sociais e ecológicas com objetivo de fortalecer o desenvolvimento sustentável pelo mundo. Elas variam de movimentos sociais a novas tecnologias e acontecem em locais tão diversas quanto o Quênia, Colômbia, Nova Zelândia, Canadá e Palestina – só para citar alguns.

Este agosto foi o mês do Antropoceno no Museu do Amanhã – e a entrevista se segue a uma série de atividades que o museu promoveu sobre o tema. Confira a entrevista na íntegra aqui.

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*Meghie Rodrigues é pesquisadora da diretoria de Desenvolvimento Científico do Museu do Amanhã e mestre em Divulgação Científica pela Unicamp