Um passeio pela biodiversidade da Baía de Guanabara
Ao contrário do que indica o senso comum, a Baía de Guanabara abriga, apesar de todas as agressões ambientais, uma rica biodiversidade. A pesca continua sendo uma atividade econômica de vigor e a baía é sexta do mundo em espécies de raias e tubarões.
Em prosseguimento ao projeto Baías de Todos Nós, que tem o apoio do Instituto CCR, o Museu do Amanhã e o Instituto de Desenvolvimento e Gestão convidam o público para um passeio pela biodiversidade de Guanabara, no dia 3 de novembro, com saída da Marina da Glória às 9h30. O passeio, que se encerra na Ilha de Paquetá, terá aulão com o professor Marcos Bastos Pereira (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e
Carolina Dias, representante do Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores (Maqua), também da Uerj.
- Realize sua inscrição gratuitamente ao final da página
- Após inscrição realizada, envie e-mail para rsvp@museudoamanha.org.br confirmando sua presença
- Encontro às 9h, no Píer A0 da Marina da Glória (ao lado da guarita de entrada), do dia 3 de novembro
- Será permitido levar águas e frutas
- A saída do barco está marcada para as 9h30, sem atraso
- Para dúvidas, encaminhar e-mail para conteudo@museudoamanha.org.br
No percurso, os profissionais mostrarão quais áreas da Guanabara são mais propícias à pesca e contarão de que forma as correntes marítimas influenciam na presença de espécies marinhas.
Outro foco da expedição são os botos-cinza, golfinhos que nascem e morrem na baía e vivem aproximadamente 30 anos. Atualmente, pouco mais de 20 sobrevivem nas águas da Guanabara, se refugiando principalmente na Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapi-Mirim. A contaminação química e biológica, a pesca e o barulho causado pelos navios fundeados nos arredores da Ponte Rio-Niterói são as principais causas do desaparecimento
dos cetáceos.
Marcos Bastos Pereira
Possui graduação em Ciências Biológicas mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1994) e doutorado em Oceanografia (Oceanografia Biológica) pelo Instituto Oceanográfico - USP (2005). Atualmente é Diretor do Centro de Estudos Ambientais e Desenvolvimento Sustentável da sub-reitoria de Pós-graduação e pesquisa e professor adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).Representante do Maqua (Carolina Dias)
Criado em 1992, o Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores (Maqua), da Faculdade de Oceanografia da Uerj, é referência em estudo não só de mamíferos aquáticos, como também de peixes e tartarugas. Destaca-se por acompanhar a dinâmica da espécie mais comum nas baías do Rio de Janeiro, o Sotalia guianensis, nome científico do boto-cinza.